segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sonhou. Sonharam.


Depois disso Erick não prestou mais atenção em nada, ela era tudo o que ele conseguia se lembrar, ela era a melhor lembrança em sua mente.


Aquela tarde demorou a passar, os segundos pareciam minutos e os minutos horas. Não agüentava mais, não iria nem tentar se concentrar em qualquer outra coisa que não o levasse a ela. Se lembrava dos seus olhos verdes, não conhecia mais ninguém que tinham esse par de olhos tão puros, tão afetuosos e ao mesmo tão promíscuos.

Naquela noite ele sonhou, sonhou bonito, sonhou com os sorrisos que ela os tinha tirado, sonhou com as coisas boas que ela o proporcionava, sonhou com os cabelos que voaram quando o vento bateu naquela manhã, sonhou com as batidas fortes do seu coração e não queria acordar nunca mais, não agora. Sonhou como nunca havia sonhado antes. Sonhava que era tudo em preto e branco e que em algum momento tudo se paralisou e então as cores apareceram sem pudor. Havia vontade do colorido, havia desejo de vivacidade, como se as cores pudessem o devolver isso e então tinha um olho grande e colorido de um lado além de um sorriso no canto. Sonhou como nunca havia sonhado antes e não queria mais acordar. Sonhou.


Sofia antes de dormir ainda se perguntava quais eram os pensamentos de Erick, não sabia exatamente se gostaria de saber, ela nunca tinha reparado o quanto o sorriso dele era bonito, branco, alinhado e de como o queixo dele era quadrado. Pegou-se pensando coisas tolas e decidiu que não. Não pensou mais. Dormiu. Sonhou.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

parede impenetrável

Agora atônito, mas sempre um amor abissal.