domingo, 16 de maio de 2010

Deu as costas e levou-me embora tudo.
É um tornado, um grande vendaval.
Virou-se, acenou, e nunca mais disse nada.
Talvez uma psicanálise, uma psicanalista. trazer-me à consciência, sentimentos.
Me deu adeus.
Deixou a confusão e a forma humana.
Quem escreve isso?
Um tormento?
Uma grande felicidade?
Ou pseudo feliz.
Talvez até coagular, tornar um pouquinho que fosse, mais sólido.
Um pouco mais viscoso, que conseguisse pegar, arrancar, analisar e diagnosticar.
O que é isso?
Se não podes me responder ao menos me dê um sinal.
Um ultimo tchau.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

tempo.

São sentimentos soltos, abusados, intrometidos, incovenientes, exedentes, perdidos.
Um turbilhão deles sofrem, se perdem, correm e se chocam em paredes cheias de interrogações que voam alto, que se perdem no tempo colorido dos humanos, dos amedrontados, dos impacientes, dos complicados, dos [pré]ocupados, insanos, dos ímprobos, dos fracos, dos fáceis, dos bobos... Se tornam fragmentos, embolados num conjunto de massa cinzenta, que correm pelo sangue e se acumulam no coração.
Acorda pra cuspir, olha pra realidade e por favor não me venha com essa de mundo paralelo dos sonhos e desejos sórdidos. Isso não existe mais, foi-se embora com o tempo, perdeu o encanto, a poesia, os versos a arte de ser.
Vive por ter que viver e acorda porque não aguenta mais os sonhos de beleza que se esvaem, que são apenas sonhos, que não descem do muro. Descobre que não são sonhos, são lembranças que o tempo deixou pra distância ser menor. O tempo não faz idéia do estrago da lembrança.