quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sofia era uma faisca solta, era exatamente o ponto de felicidade em Erick. Os olhos dela criam um universo particular, todos os mínimos detalhes, os cabelos de um tom peculiar, seus gostos estranhos e a sua voz. Criavam nele momentos únicos e sabia que aquilo poderia ser tudo e ao mesmo tempo não ser nada.
Poderia nunca mais falar com ela. poderia de todos os modos tentar dizer o quanto aquilo cresce dentro dele, poderia fazer comparações, metáforas ou simplesmente olhar todos os dias pra'queles olhos profundos, que penetrava até o fundo da sua alma, querendo achar todos os dias explicações que não existiam. Sentir sem conseguir provar. Sem precisar.Tão diferentes, completamente iguais.
Sofia certamente perceberá aquele dia que alguma coisa acontecia dentro de Erick, porque por mais que ele tentasse disfarçar, alguns sentimentos poderiam ser vistosa olho nu. seu olhar poderia entregar todos os seus mais intensos desejos, a cor rosada do seu pescoço e bochechas.
Sofia não era ingênua, nem tão pouco pura. Era complicada e extremamente perdida em seu próprio mundo colorido. Erick sabia e tão pouco parecia se encomodar com isso.
Talvez fosse isso que o interessasse tanto...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sempre tenho a impressão de que no céu, as nuvem se sobrepõem mais que todas as coisas. Elas sempre me mostram aquilo que eu consigo ver, posso enxergar corações, dragões, ursos e gigantes, e mais um amontoado de desenhos abstratos, eu posso olhar pra elas e dar a forma que eu quiser, mesmo que ninguem mais consiga enxergar o que eu enxergo. eu tenho certeza daquilo que vejo e vejo uma grandeza absurda, porque mesmo que o céu esteja num azul só, em algum lugar desse mundo elas estão trazendo sempre um fenômeno natural e transparente.
um sorriso pra'queles que sabem ver a sua beleza ou então uma chuva que deixa tudo no escuro, que arrebata, que faz voar os cabelos e que depois que passa deixa tudo como estava, intacto, bonito e feliz. O vendaval que causou foi intenso, deixou de pernas pro ar, sem chão. no fim vale a pena, não sei porque.
Um dia eu disse que uma nuvem, seria sempre a minha nuvem de algodão doce, meu riso fácil, minha tranqüilidade mais explosiva, meu infinito. Desde este dia o meu mundo deu um trilhão de voltas.
A nuvem nem se fale, explodiu, deu voltas pelo mundo, conheceu muitos céus e se apaixonou por cada um deles, no entanto ela sempre esteve aqui, junto com as outras e um amontoado de estrelas. Está lá intacta, pronta pros olhos alheios se apaixonarem, pronta pra sorrir, sempre arranjando um jeito de ser feliz
Está lá e mesmo que ela desapareça nesse mundão de deus, quando eu olhar pro meu céu eu vou ver cada pedaço que ela deixou, cada vendaval e chuva que ela trouxe, cada sol que ela abriu, cada escuridão que ela trouxe, cada doçura de abraço, cada sorriso sincero, todas as confissões e todos os sentimentos, todas as minúsculas coisas que eu aprendi, todas as coisas que eu ainda não sei explicar. tudo.
vai ser pra sempre a minha lembrança sem fim.

Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A roleta da vida gira, nunca para. O cassino recolhe as apostas, os apostadores oferecem tudo o que tem, a roleta gira mais uma vez, com uma força capaz de trazer de volta aqueles espectadores distraídos. Para, cai num vala. Um beco escuro. O mundo bonito tem um ar cinza, meio turvo, desconcentrado. Os espectadores passam. O apostador lamenta.
A roleta, que sempre esteve em movimento desandou, escorregou, entrou em desastre. O mundo parou, olhou e continuou. Afinal, você não é o único a entrar num jogo sem volta.